#Resenha: A Mágica Transformadora do F* - Sarah Knight
A Mágica Transformadora do F* (The Life-Changing Magic of Not Giving a F*ck)
Autora: Sarah Knight
Editora: Bicicleta Amarela
Número de páginas: 208
"Um livro perfeito para os estressados e sobrecarregados de plantão aprenderem a dizer não, sem culpa, para o excesso de obrigações e compromissos desnecessários. Nesta paródia brilhante do bestseller A mágica da arrumação, de Marie Kondo, Sarah Knight, ex-editora que trocou uma rotina opressora por uma carreira freelance, apresenta um guia prático para quem deseja se livrar de dramas familiares, da exigência pelo corpo perfeito, da opinião alheia e de outras bobagens que tanto consomem o tempo e a mente, sem parecer desagradável, mas praticando a mais límpida e amigável sinceridade. Uma autoajuda diferente e bem-humorada, ideal para os tempos atuais."
Autora: Sarah Knight
Editora: Bicicleta Amarela
Número de páginas: 208
"Um livro perfeito para os estressados e sobrecarregados de plantão aprenderem a dizer não, sem culpa, para o excesso de obrigações e compromissos desnecessários. Nesta paródia brilhante do bestseller A mágica da arrumação, de Marie Kondo, Sarah Knight, ex-editora que trocou uma rotina opressora por uma carreira freelance, apresenta um guia prático para quem deseja se livrar de dramas familiares, da exigência pelo corpo perfeito, da opinião alheia e de outras bobagens que tanto consomem o tempo e a mente, sem parecer desagradável, mas praticando a mais límpida e amigável sinceridade. Uma autoajuda diferente e bem-humorada, ideal para os tempos atuais."
Como parar de perder tempo que você não tem com gente que você não gosta fazendo coisas que você não quer. Acreditem, ou não, esse slogan foi o que me atraiu em primeiro lugar para a leitura de A Mágica Transformadora do F*, que nada mais é do um verdadeiro manual para você ligar o foda-se corretamente e com classe (ou não).
Estava bastante ansiosa para começar a ler e, mal começou Janeiro, eu já me sentei com o exemplar e li rapidamente suas poucas 208 páginas. A Mágica Transformadora do F* é como qualquer outro livro de organização e aperfeiçoamento pessoal. É dividido em capítulos curtos, com objetivos claros e exposição objetiva, além de criar tópicos que nos auxiliam a visualizar melhor e de forma mais dinâmica o conteúdo.
Se eu consegui atingir o objetivo e parar de me estressar ligando o foda-se? Bem, não exatamente.
"Desenvolvi um método para descongestionar e reorganizar o espaço mental, com a tática de ligar o foda-se, na qual ligar o foda-se significa não desperdiçar tempo, energia e/ou dinheiro em coisas que não o fazem feliz, nem melhoram a sua vida, para que você tenha mais tempo, energia, e/ou dinheiro para dedicar às coisas que melhoram sua vida (ou seja, que lhe dão prazer)." - p.21
Talvez a autora tenha optado por abordar um assunto muito abstrato para que pudéssemos nos ver tendo algum progresso durante a leitura. Não se trata de um simples objeto que você pode jogar fora, guardar ou, então, livrar-se dele e se sentir fazendo alguma coisa. A "arte" de ligar o foda-se é muito mais complexa, especialmente porque você se vê necessitado de sentar e avaliar certas coisas que, bom, não dá para saber se você está mesmo seguindo o caminho certo ou não.
Somos levados a visitar o que a autora chama de "celeiro mental" ou um daqueles quartinhos da bagunça como os nossos próprios cérebros. Ela estimula que paremos e pensemos em cada uma das ações que realizamos, com quem e para quem realizamos e quanto do nosso tempo e dinheiro gastamos nisso. É um pouco complexo e eu me senti meio perdida às vezes.
"Ligar o foda-se - em resumo - significa libertar-se das preocupações, ansiedade, medo e culpa associados ao ato de dizer não, permitindo que você pare de gastar o tempo que você não tem, com gente que você não gosta, fazendo coisas que você não quer." - p.29
Talvez A Mágica Transformadora do F* não tenha sido tudo aquilo que eu esperava. Talvez a leitura tenha tentado praticar em mim conceitos muito abstratos e eu não me senti segura o suficiente para colocar em andamento aquilo que eu estava lendo e aprendendo. No final das contas, não senti diferença nenhuma e terminei o livro sem a sensação de dever cumprido.
Mas não se deixe desanimar pela minha experiência, talvez eu realmente tenha feito alguma coisa errada ou não tenha prestado atenção ou me esforçado o suficiente para visualizar aquilo que a autora estava me explicando. Existem diversas listas e tópicos e eu percebi que a comunicação é a mais objetiva que se pode obter de uma situação em que a nossa mente e nossas atitudes estão tentando serem administradas.
Talvez tudo tenha sido abstrato demais para que eu pudesse visualizar e efetivar com sucesso tudo o que a autora explicava, mas pode ser que com outras pessoas o sucesso seja maior. Fato é que ligar o foda-se é importante em determinadas situações, do contrário, nós nos tornamos escravos de nossas decisões com medo de magoar os outros, mas nós mesmos é que ficamos infelizes e, o que é mais alarmante, gastando dinheiro e tempo, sendo que este último não volta nunca mais.
A autora traz um alerta para que façamos aquilo nos faz feliz. Nada de aceitar convite por medo de magoar ou frequentar eventos que te fazem gastar e não gostar. A vida está passando e não há como voltarmos no tempo para estes momentos desperdiçados para reaproveitá-los. Essa é a grande lição que tiro da leitura. É muito provável que eu saiba identificar uma ou outra situação para a qual tenha que ligar o foda-se, mas esperava terminar o livro praticamente uma expert no assunto.
"A internet tornou possíveis inovações gloriosas como o Tinder e o Mahjong online, mas também fez aflorar o pedinte dentro de cada um de nós através do e-mail, as redes sociais e as páginas de crowdfunding." - p.88
Em suma, A Mágica Transformadora do F* é uma leitura interessante, mas eu aconselharia a não ter muitas expectativas. O assunto pode parecer banal e completamente manjado, mas, acreditem, é bem difícil você parar, se concentrar em tudo o que você faz, com quem e gastando quanto que é uma verdadeiro exercício.
Eu confesso que não consegui obter êxito, mas talvez vocês tenham mais sorte. A leitura é mais do que indicada se você, assim como eu, se identificou totalmente com o "slogan" do livro. Não é decepcionante, mas a leitura é muito mais complicada do que eu tinha pensado e isso, afinal, acabou prejudicando meu aproveitamento do livro, o que é uma pena. Quem sabe, numa outra ocasião, em uma releitura, eu não tenha mais sucesso?
A diagramação está muito confortável de ler, as páginas fluem com facilidade e a capa é minimalista, mas chamativa ao mesmo tempo. A revisão está boa e eu acho que não teria problema nenhum em colocar a palavra "foda-se" quase inteira como em "f*da-se", como no título original.
Classificação final:

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